ESCOLA, TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE
José Regimar Braga Freires
INTRODUÇÃO
Estamos hoje em uma nova era, em um novo tempo, convivendo com novas realidades das quais não podemos nos abster. Tudo ao nosso redor vem sofrendo transformações de um modo acelerado, e a escola, por sua vez, é uma instituição que também promove mudanças e que está situada nesse contexto em que se modifica a todo instante através de vários processos, sendo que aqui, enfatizarei um dos principais responsáveis por ocasionar tais transformações, a TECNOLOGIA.
Este é um recurso que, apesar de não ser algo novo, ainda está distante de muitas realidades. As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) ainda parece ser algo obscuro, longínquo, sendo encarada por muitos como sendo “um bicho de sete cabeças”. A mudança de visão quanto a essa questão faz-se necessária acontecer imediatamente.
Nesse texto, farei primeiramente uma reflexão sobre o uso das TIC’s no processo ensino/aprendizagem, para em seguida, fazer uma abordagem sobre inovações tecnológicas e inovações pedagógicas, colocando, é óbvio, o professor como sujeito que media, através dos recursos, o conhecimento. Apresentarei, por fim, os desafios que ora a gestão escolar enfrenta mediante o uso das tecnologias na construção da cidadania, levando-se também em conta as questões ambientais.
Este é um recurso que, apesar de não ser algo novo, ainda está distante de muitas realidades. As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) ainda parece ser algo obscuro, longínquo, sendo encarada por muitos como sendo “um bicho de sete cabeças”. A mudança de visão quanto a essa questão faz-se necessária acontecer imediatamente.
Nesse texto, farei primeiramente uma reflexão sobre o uso das TIC’s no processo ensino/aprendizagem, para em seguida, fazer uma abordagem sobre inovações tecnológicas e inovações pedagógicas, colocando, é óbvio, o professor como sujeito que media, através dos recursos, o conhecimento. Apresentarei, por fim, os desafios que ora a gestão escolar enfrenta mediante o uso das tecnologias na construção da cidadania, levando-se também em conta as questões ambientais.
AS TIC’s COMO FERRAMENTA NO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM
É preocupante a desatenção de muitas escolas e redes de ensino com a necessidade de modernização dos recursos para educar. Diante dessa constatação, a escola, como instituição de difusão de saberes e uma das responsáveis para a preparação do homem para a vida em sociedade, não pode caminhar à margem da evolução tecnológica nem ignorar as transformações ocorridas na sociedade, tendo em vista, ser esta a instituição que deve promover o ensino e, portanto, a aprendizagem de modo significativo, inovador e contextualizado.
A escola é a articuladora de saberes e tecnologias, é também promotora de conhecimentos, assim sendo, deve estar imersa nesse universo contemporâneo que fascina uns e ainda apavora outros, o da modernização tecnológica. O uso da Tecnologia da Informação no processo de ensino/aprendizagem cria novas condições de produção e recepção de texto e, consequentemente, de produção de conhecimento. Contudo, para que esse recurso seja utilizado a favor da educação é preciso repensar vários conceitos, que podemos refletí-los através dos seguintes questionamentos: O que é, de fato, aprendizagem? Que metodologia é mais eficiente para promovê-la? Que tipo de homem pretendemos formar? Como os recursos tecnológicos aos quais temos acesso, podem ser explorados no sentido de viabilizar o conhecimento?
Posso afirmar, portanto, que a aprendizagem, assim como o conhecimento, é algo construído, porém, para que haja solidez nessa construção, é necessário que haja um mediador que mobilize o outro a apropriar-se dessa aprendizagem, desse conhecimento. Muitos são os instrumentos disponíveis hoje que podem facilitar esse processo de construção do saber, os recursos tecnológicos, por sua vez, é sem dúvidas o carro-chefe que dar condição ao professor avançar nesse processo, devendo ser concebido por esse profissional como recurso didático pedagógico ou simplesmente como ferramenta
para facilitar seu trabalho, não podendo mais ser ignoradas. Assim, é importante citar BRUNNER (2004, p.97) que diz:
O conhecimento não viaja pela internet. Construí-lo é uma tarefa complexa, para a qual não basta criar condições de acesso à informação. (...) Para transformar a informação em conhecimento, exige-se – mais que qualquer outra coisa – pensamento lógico, raciocínio e juízo crítico.
Nessa perspectiva, vale reafirmar que o professor tem importância crucial nessa construção, pois é responsável por estimular práticas que contribuem para o crescimento da autonomia nos alunos, desenvolvendo sua reflexão sobre seu próprio processo de aprendizagem.
INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS X INOVAÇÕES PEDAGÓGICAS
“Não se pode cobrar das escolas um bom desempenho se estiverem décadas atrás do que já se tornou trivial nas práticas sociais.”
Luís Carlos de Menezes
Luís Carlos de Menezes
(Físico e educador da USP)
Os recursos tecnológicos estão, a cada dia, ganhando mais espaço nos ambientes escolares, mas tantas inovações tecnológicas não significam inovações pedagógicas, o que podemos constatar é que, mesmo com os vários artefatos tecnológicos instalados na escola, o professor continua a utilizar metodologias que não são em nada inovadoras. Como citei anteriormente, a escola é a instituição responsável por promover a aprendizagem, sendo o professor o principal mediador desse processo, para tanto, é indiscutível o constante aprimoramento desse profissional para que se ofereça um conhecimento com significação.
O fato, é que quando nos referimos às inovações tecnológicas, na maioria das vezes, o professor ignora as possibilidades que essas novidades abrem para aperfeiçoar seu trabalho, e isso se deve muitas vezes ao despreparo que se tem quanto ao manuseio dessas tecnologias, daí, o que se vê são escolas com inúmeros equipamentos tecnológicos sem utilidade ou sendo “aproveitados” de modo inadequado, portanto, ineficientes.
De acordo com Menezes (2010), os professores precisam tomar posse do uso das tecnologias na escola, e uma das razões para que isso deva acontecer é a de que seus alunos já fazem ou logo farão uso delas. Pra que tanta inovação tecnológica se as metodologias, as práticas pedagógicas não se renovam? De nada servirá, se não para, simplesmente usarmos o discurso de que “estamos inseridos no contexto tecnológico”. Corrêa, (2003, p. 47) diz que “deve-se compreender a tecnologia para além do mero artefato, lembrando que as tecnologias que favorecem o acesso à informação e aos canais de comunicação não são, por si mesmas educativas, pois, para isso dependem de uma proposta educativa que as utilize enquanto mediação para uma determinada prática educativa.”
O fato, é que quando nos referimos às inovações tecnológicas, na maioria das vezes, o professor ignora as possibilidades que essas novidades abrem para aperfeiçoar seu trabalho, e isso se deve muitas vezes ao despreparo que se tem quanto ao manuseio dessas tecnologias, daí, o que se vê são escolas com inúmeros equipamentos tecnológicos sem utilidade ou sendo “aproveitados” de modo inadequado, portanto, ineficientes.
De acordo com Menezes (2010), os professores precisam tomar posse do uso das tecnologias na escola, e uma das razões para que isso deva acontecer é a de que seus alunos já fazem ou logo farão uso delas. Pra que tanta inovação tecnológica se as metodologias, as práticas pedagógicas não se renovam? De nada servirá, se não para, simplesmente usarmos o discurso de que “estamos inseridos no contexto tecnológico”. Corrêa, (2003, p. 47) diz que “deve-se compreender a tecnologia para além do mero artefato, lembrando que as tecnologias que favorecem o acesso à informação e aos canais de comunicação não são, por si mesmas educativas, pois, para isso dependem de uma proposta educativa que as utilize enquanto mediação para uma determinada prática educativa.”
GESTÃO ESCOLAR, CIDADANIA E OS DESAFIOS COLOCADOS PELAS TIC’s
A gestão escolar tem papel fundamental na mediação do uso das tecnologias como instrumento de construção da cidadania de um modo geral. Aqui irei me referir um pouco sobre o papel dessa cidadania frente às questões ambientais.
Essa é uma questão com um nível de complexidade bastante elevado, tendo em vista que habitamos em um planeta onde o consumo desenfreado, sem limites, é algo que vem atropelando todo e qualquer desejo de se ter um ambiente saudável, equilibrado, sustentável. Contudo, é interessante que “hoje os gestores escolares assumam o compromisso de transformar a escola em um exemplo de sustentabilidade, com uso responsável de recursos, no consumo de energias, na manutenção de equipamentos, na utilização dos materiais, fazendo com que as pessoas possam perceber-se no mundo e possam lidar com as questões ambientais a ponto de querer mudar o seu próprio modo de viver, e a escola deve ser um lugar privilegiado para que essa percepção aconteça”, afirma Sueli Furlan numa entrevista concedida sobre educação ambiental nas escolas.
O indivíduo deve sentir-se mobilizado para agir no sentido de tornar o contexto social ao qual está inserido em um espaço de mudança, de crescimento, e aqui, cito mais uma vez o papel determinante da escola como sendo o principal meio, o principal canal que favorece a essas questões através, claro, do exemplo, da prática e não apenas com discursos muitas vezes vazios de significado. A escola, então, deve ensinar algo mais concreto, não deve se prender a esse “blá blá blá” que não resulta em nada, ou seja, a escola acaba ensinando de um jeito, e o aluno vê que lá fora a realidade é outra, deve portanto, mostrar como o cidadão deve agir caso não haja políticas públicas voltadas para a resolução de questões ambientais.
Essa é uma questão com um nível de complexidade bastante elevado, tendo em vista que habitamos em um planeta onde o consumo desenfreado, sem limites, é algo que vem atropelando todo e qualquer desejo de se ter um ambiente saudável, equilibrado, sustentável. Contudo, é interessante que “hoje os gestores escolares assumam o compromisso de transformar a escola em um exemplo de sustentabilidade, com uso responsável de recursos, no consumo de energias, na manutenção de equipamentos, na utilização dos materiais, fazendo com que as pessoas possam perceber-se no mundo e possam lidar com as questões ambientais a ponto de querer mudar o seu próprio modo de viver, e a escola deve ser um lugar privilegiado para que essa percepção aconteça”, afirma Sueli Furlan numa entrevista concedida sobre educação ambiental nas escolas.
O indivíduo deve sentir-se mobilizado para agir no sentido de tornar o contexto social ao qual está inserido em um espaço de mudança, de crescimento, e aqui, cito mais uma vez o papel determinante da escola como sendo o principal meio, o principal canal que favorece a essas questões através, claro, do exemplo, da prática e não apenas com discursos muitas vezes vazios de significado. A escola, então, deve ensinar algo mais concreto, não deve se prender a esse “blá blá blá” que não resulta em nada, ou seja, a escola acaba ensinando de um jeito, e o aluno vê que lá fora a realidade é outra, deve portanto, mostrar como o cidadão deve agir caso não haja políticas públicas voltadas para a resolução de questões ambientais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O universo da escola é um dos espaços direcionados para a formação e transformação dos alunos de acordo com os atuais paradigmas que caracterizam a sociedade do conhecimento fortemente marcada pelo uso intensivo de meios de comunicação e informação.
O que se busca com a inserção da tecnologia na escola não é, simplesmente, utilizá-la como ferramenta para transmitir conteúdos, mas sim uma transformação educacional que favoreça uma aprendizagem com significação e, consequentemente contribua para a formação de cidadãos mais críticos, com autonomia para construir seu próprio conhecimento, sobretudo, que seja capaz de refletir sobre as problemáticas do meio ao qual está inserido, e assim, possa atuar como sujeito transformador da realidade.
Como educadores, não podemos compartilhar dessa imensa devastação que testemunhamos estar acontecendo com o meio ambiente, decorrente do consumo sem limites que visa somente o lucro. Sejamos nós os propagadores de um conhecimento que venha proporcionar uma mudança imediata de comportamentos, para que as próximas gerações não sejam iguais a esta.
O que se busca com a inserção da tecnologia na escola não é, simplesmente, utilizá-la como ferramenta para transmitir conteúdos, mas sim uma transformação educacional que favoreça uma aprendizagem com significação e, consequentemente contribua para a formação de cidadãos mais críticos, com autonomia para construir seu próprio conhecimento, sobretudo, que seja capaz de refletir sobre as problemáticas do meio ao qual está inserido, e assim, possa atuar como sujeito transformador da realidade.
Como educadores, não podemos compartilhar dessa imensa devastação que testemunhamos estar acontecendo com o meio ambiente, decorrente do consumo sem limites que visa somente o lucro. Sejamos nós os propagadores de um conhecimento que venha proporcionar uma mudança imediata de comportamentos, para que as próximas gerações não sejam iguais a esta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAYRINK, M.; SOTO, U.; GREGOLIN, I.; JUNGER, C. V.; RANGEL, M.; PEREZ, R. (Orgs.). Novas tecnologias em sala de aula: (re) construindo conceitos e práticas. São Carlos: Claraluz editora,2009, p.71.
COSCARELLI, C. V. (Org.). Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. Belo Horizonte: Autêntica, 2003, p. 47, 62.
MENEZES, L. C. de. Ensinar com ajuda da tecnologia, Nova Escola, Setembro 2010, Editora Abril, p. 122.
FURLAN, S. Entrevista sobre Educação Ambiental nas escolas. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/meio-ambiente/ (Consulta: 14 de Dezembro de 2010).
MORAES, L. A.; LOPES, K. M. V.; MIRANDA, C. B.; SOUSA, S. M. Gestão e tecnologia – O avanço do novo milênio, Gestão em Rede, Outubro 2006, FNDE, p. 18-20.
ARAÚJO, J. C.; DIEB, M. ( Orgs.). Letramentos na Web: Gêneros, Interação e Ensino. Fortaleza: Edições UFC, 2009, p. 100.
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