sábado, 12 de fevereiro de 2011

PROJETO TRABALHADO POR MIM NA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA




TEMA: Operações com Números Naturais


PROFESSOR CURSISTA: José Regimar Braga Freires.
4º ANO/ ÚNICA/ TARDE

AQUIRAZ – CEARÁ
2009



INTRODUÇÃO


O presente projeto tem o propósito de desenvolver habilidades importantes para a compreensão das quatro operações fundamentais da matemática, já que este é um assunto em que os discentes ainda enfrentam grandes dificuldades e por reconhecer de que se trata de um assunto de extrema importância para se desenvolver outras habilidades. Por constatar que os alunos, em alguns casos compreendem e realizam cálculos corretos, de adição, subtração, multiplicação e divisão, mas ao se confrontarem com uma situação-problema, que exige resolução através dessas operações, a maioria não consegue identificar qual operação deve ser aplicada. Um estudo dos conceitos das operações aritméticas se torna necessário para atender aos diferentes tipos de problemas presentes no nosso meio.
O objetivo desse projeto é, portanto, propor uma reflexão sobre os conceitos das operações fundamentais: adição, subtração, multiplicação e divisão através de atividades que desenvolva o raciocínio e que promova um real significado dessas operações para o cotidiano de cada indivíduo.   



JUSTIFICATIVA

Ao perceber que falta de interesse de grande parte dos alunos da turma do 4º ano pelas quatro operações fundamentais aritméticas se davam, principalmente por apresentarem dificuldades nesse assunto, em especial quando se tratava de situações-problema, me senti mobilizado a desenvolver um trabalho voltado para tal questão através do projeto Operações com Números Naturais na tentativa de minimizar tais dificuldades.


OBJETIVO GERAL

Desenvolver hábitos que favoreçam a aprendizagem das quatro operações aritméticas: adição, subtração, multiplicação e divisão, oferecendo suporte para que compreendam o conceito de cada uma, bem como, entendê-las dentro de um contexto mais amplo (situações-problemas).


 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

*      Construir com significado o conceito das operações fundamentais de adição, subtração, multiplicação e divisão, a partir de situações-problema, levando em conta principalmente fatores do cotidiano da realidade dos discentes;

*      Proporcionar aos alunos momentos em que vivenciem processos de resoluções de problemas envolvendo as quatro operações com números naturais;

*      Fazer com que os alunos compreendam que para resolver situações-problemas é preciso compreender, propor e executar um plano de solução, verificar e comunicar a resposta;

*      Estimular a participação dos alunos;

*      Minimizar as dificuldades dos alunos quanto ao assunto.


PROBLEMÁTICA

Como conscientizar os alunos sobre como aprender através da resolução de problemas envolvendo as quatro operações com números naturais por meio de questões do cotidiano relacionadas à realidade dos alunos.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Sabemos que os alunos cometem erros ao resolver problemas em questões matemáticas. Tomarei como referência as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão de números naturais dentro de situações-problemas e farei um estudo do erro e sua função na aprendizagem dos discentes. A partir daí, analisar os erros dos alunos que resistem na aprendizagem dos conceitos e identificar suas concepções a respeito desses erros.
É comum o professor observar o erro e não gerar a partir de então uma discussão, um diálogo construtivo que propicie o desenvolvimento da aprendizagem através da superação das dificuldades encontradas.
Deve-se valorizar os acertos e não estimar os erros que os alunos cometem.

METODOLOGIA

Tendo em vista as dificuldades apresentadas pelos alunos do 4º ano da referida escola, irei explorar o assunto aqui abordado, inicialmente com uma atividade diagnóstica, a partir de então serão aplicadas atividades envolvendo situações-problemas. Será usado vídeos, trabalhos em equipe de acordo com nível de aprendizagem de cada aluno, uso de tabelas, gráficos, uso de instrumentais para cálculo do IMC de cada aluno, utilização de materiais manipuláveis, tais como: Material dourado, Ábaco.
Serão realizados estudos e debates para sensibilizar os alunos da importância de aprendermos a utilizar as operações aritméticas no nosso cotidiano. Assim sendo, acredito que através deste projeto  os alunos terão uma melhora significativa na aprendizagem no que diz respeito ao assunto em questão.


CRONOGRAMA

O presente projeto será desenvolvido com os alunos do 4º ano do Ensino Fundamental da EMEF de Batoque durante o ano letivo de 2009, sendo que, no 1º semestre, será dado ênfase as operações de adição e subtração, enquanto no 2º semestre trabalharei dando maior enfoque a multiplicação e a divisão. O projeto será desenvolvido semanalmente, durante dois dias da semana, as segundas e quartas-feiras.



PRIMEIRO SEMESTRE

SEGUNDO SEMESTRE
Adição e Subtração: Atividades de Pesquisa, situações-problemas, atividades em grupo, debates, trabalhando com compra e venda, tratamento de informação, uso do Q.V.L. etc.
Multiplicação e Divisão: Cálculo do IMC da turma, situações-problemas, uso de jogos matemáticos, seminários, debates, etc.

Além dos assuntos abordados envolverem a disciplina de matemática, algumas outras estão contempladas neste projeto, são elas: Ciências, Educação Física, História, Geografia e Língua Portuguesa.


AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados constantemente dentro do projeto, sendo tomada como base a participação, o nível de interesse, compromisso, cooperação. Além disso, será verificado através de atividades diagnósticas, o nível de entendimento e compreensão dos assuntos abordados. Pode-se dizer, portanto, que toda a avaliação será realizada por meio da observação do desempenho dos alunos durante o projeto.


 CONSIDERAÇÕES FINAIS

São vários os aspectos positivos que se pode destacar a partir das atividades realizadas através da execução do presente projeto. Os alunos aprenderam a elaborar situações-problemas envolvendo as operações fundamentais aritméticas, compreenderam através de atividades significativas e prazerosas as etapas  para se chegar a solução de um dado problema, passaram a desenvolver melhor a leitura e escrita, pois diversas atividades deste projeto foram tomadas como base para produções escritas e de leitura, todos os alunos apresentaram grande entusiasmo pelas atividades sugeridas e foi com o constante trabalho de equipes realizado que resolvi uma problemática em sala: alguns alunos excluíam os colegas durante as atividades, porém, o aspecto que considerei mais relevante foi a significativa melhora dos alunos quanto a aprendizagem no que se refere a resolução de situações-problemas. Enfim, os resultados foram bastante satisfatórios, atendendo assim, as expectativas esperadas.  

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

MEU PRIMEIRO ARTIGO

ESCOLA, TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE

José Regimar Braga Freires

INTRODUÇÃO

                  Estamos hoje em uma nova era, em um novo tempo, convivendo com novas realidades das quais não podemos nos abster. Tudo ao nosso redor vem sofrendo transformações de um modo acelerado, e a escola, por sua vez, é uma instituição que também promove mudanças e que está situada nesse contexto em que se modifica a todo instante através de vários processos, sendo que aqui, enfatizarei um dos principais responsáveis por ocasionar tais transformações, a TECNOLOGIA.
                 Este é um recurso que, apesar de não ser algo novo, ainda está distante de muitas realidades. As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) ainda parece ser algo obscuro, longínquo, sendo encarada por muitos como sendo “um bicho de sete cabeças”. A mudança de visão quanto a essa questão faz-se necessária acontecer imediatamente.
              Nesse texto, farei primeiramente uma reflexão sobre o uso das TIC’s no processo ensino/aprendizagem, para em seguida, fazer uma abordagem sobre inovações tecnológicas e inovações pedagógicas, colocando, é óbvio, o professor como sujeito que media, através dos recursos, o conhecimento. Apresentarei, por fim, os desafios que ora a gestão escolar enfrenta mediante o uso das tecnologias na construção da cidadania, levando-se também em conta as questões ambientais.

AS TIC’s COMO FERRAMENTA NO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM

               É preocupante a desatenção de muitas escolas e redes de ensino com a necessidade de modernização dos recursos para educar. Diante dessa constatação, a escola, como instituição de difusão de saberes e uma das responsáveis para a preparação do homem para a vida em sociedade, não pode caminhar à margem da evolução tecnológica nem ignorar as transformações ocorridas na sociedade, tendo em vista, ser esta a instituição que deve promover o ensino e, portanto, a aprendizagem de modo significativo, inovador e contextualizado.
               A escola é a articuladora de saberes e tecnologias, é também promotora de conhecimentos, assim sendo, deve estar imersa nesse universo contemporâneo que fascina uns e ainda apavora outros, o da modernização tecnológica. O uso da Tecnologia da Informação no processo de ensino/aprendizagem cria novas condições de produção e recepção de texto e, consequentemente, de produção de conhecimento. Contudo, para que esse recurso seja utilizado a favor da educação é preciso repensar vários conceitos, que podemos refletí-los através dos seguintes questionamentos: O que é, de fato, aprendizagem? Que metodologia é mais eficiente para promovê-la? Que tipo de homem pretendemos formar? Como os recursos tecnológicos aos quais temos acesso, podem ser explorados no sentido de viabilizar o conhecimento?
               Posso afirmar, portanto, que a aprendizagem, assim como o conhecimento, é algo construído, porém, para que haja solidez nessa construção, é necessário que haja um mediador que mobilize o outro a apropriar-se dessa aprendizagem, desse conhecimento. Muitos são os instrumentos disponíveis hoje que podem facilitar esse processo de construção do saber, os recursos tecnológicos, por sua vez, é sem dúvidas o carro-chefe que dar condição ao professor avançar nesse processo, devendo ser concebido por esse profissional como recurso didático pedagógico ou simplesmente como ferramenta
para facilitar seu trabalho, não podendo mais ser ignoradas. Assim, é importante citar BRUNNER (2004, p.97) que diz:

O conhecimento não viaja pela internet. Construí-lo é uma tarefa complexa, para a qual não basta criar condições de acesso à informação. (...) Para transformar a informação em conhecimento, exige-se – mais que qualquer outra coisa – pensamento lógico, raciocínio e juízo crítico.
 
                 Nessa perspectiva, vale reafirmar que o professor tem importância crucial nessa construção, pois é responsável por estimular práticas que contribuem para o crescimento da autonomia nos alunos, desenvolvendo sua reflexão sobre seu próprio processo de aprendizagem.

INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS X INOVAÇÕES PEDAGÓGICAS

“Não se pode cobrar das escolas um bom desempenho se estiverem décadas atrás do que já se tornou trivial nas práticas sociais.”
Luís Carlos de Menezes
(Físico e educador da USP)

                 Os recursos tecnológicos estão, a cada dia, ganhando mais espaço nos ambientes escolares, mas tantas inovações tecnológicas não significam inovações pedagógicas, o que podemos constatar é que, mesmo com os vários artefatos tecnológicos instalados na escola, o professor continua a utilizar metodologias que não são em nada inovadoras. Como citei anteriormente, a escola é a instituição responsável por promover a aprendizagem, sendo o professor o principal mediador desse processo, para tanto, é indiscutível o constante aprimoramento desse profissional para que se ofereça um conhecimento com significação.
                  O fato, é que quando nos referimos às inovações tecnológicas, na maioria das vezes, o professor ignora as possibilidades que essas novidades abrem para aperfeiçoar seu trabalho, e isso se deve muitas vezes ao despreparo que se tem quanto ao manuseio dessas tecnologias, daí, o que se vê são escolas com inúmeros equipamentos tecnológicos sem utilidade ou sendo “aproveitados” de modo inadequado, portanto, ineficientes.
                   De acordo com Menezes (2010), os professores precisam tomar posse do uso das tecnologias na escola, e uma das razões para que isso deva acontecer é a de que seus alunos já fazem ou logo farão uso delas. Pra que tanta inovação tecnológica se as metodologias, as práticas pedagógicas não se renovam? De nada servirá, se não para, simplesmente usarmos o discurso de que “estamos inseridos no contexto tecnológico”. Corrêa, (2003, p. 47) diz que “deve-se compreender a tecnologia para além do mero artefato, lembrando que as tecnologias que favorecem o acesso à informação e aos canais de comunicação não são, por si mesmas educativas, pois, para isso dependem de uma proposta educativa que as utilize enquanto mediação para uma determinada prática educativa.”

GESTÃO ESCOLAR, CIDADANIA E OS DESAFIOS COLOCADOS PELAS TIC’s

                  A gestão escolar tem papel fundamental na mediação do uso das tecnologias como instrumento de construção da cidadania de um modo geral. Aqui irei me referir um pouco sobre o papel dessa cidadania frente às questões ambientais.
Essa é uma questão com um nível de complexidade bastante elevado, tendo em vista que habitamos em um planeta onde o consumo desenfreado, sem limites, é algo que vem atropelando todo e qualquer desejo de se ter um ambiente saudável, equilibrado, sustentável. Contudo, é interessante que “hoje os gestores escolares assumam o compromisso de transformar a escola em um exemplo de sustentabilidade, com uso responsável de recursos, no consumo de energias, na manutenção de equipamentos, na utilização dos materiais, fazendo com que as pessoas possam perceber-se no mundo e possam lidar com as questões ambientais a ponto de querer mudar o seu próprio modo de viver, e a escola deve ser um lugar privilegiado para que essa percepção aconteça”, afirma Sueli Furlan numa entrevista concedida sobre educação ambiental nas escolas.
                O indivíduo deve sentir-se mobilizado para agir no sentido de tornar o contexto social ao qual está inserido em um espaço de mudança, de crescimento, e aqui, cito mais uma vez o papel determinante da escola como sendo o principal meio, o principal canal que favorece a essas questões através, claro, do exemplo, da prática e não apenas com discursos muitas vezes vazios de significado. A escola, então, deve ensinar algo mais concreto, não deve se prender a esse “blá blá blá” que não resulta em nada, ou seja, a escola acaba ensinando de um jeito, e o aluno vê que lá fora a realidade é outra, deve portanto, mostrar como o cidadão deve agir caso não haja políticas públicas voltadas para a resolução de questões ambientais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

               O universo da escola é um dos espaços direcionados para a formação e transformação dos alunos de acordo com os atuais paradigmas que caracterizam a sociedade do conhecimento fortemente marcada pelo uso intensivo de meios de comunicação e informação.
               O que se busca com a inserção da tecnologia na escola não é, simplesmente, utilizá-la como ferramenta para transmitir conteúdos, mas sim uma transformação educacional que favoreça uma aprendizagem com significação e, consequentemente contribua para a formação de cidadãos mais críticos, com autonomia para construir seu próprio conhecimento, sobretudo, que seja capaz de refletir sobre as problemáticas do meio ao qual está inserido, e assim, possa atuar como sujeito transformador da realidade.
               Como educadores, não podemos compartilhar dessa imensa devastação que testemunhamos estar acontecendo com o meio ambiente, decorrente do consumo sem limites que visa somente o lucro. Sejamos nós os propagadores de um conhecimento que venha proporcionar uma mudança imediata de comportamentos, para que as próximas gerações não sejam iguais a esta.
 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MAYRINK, M.; SOTO, U.; GREGOLIN, I.; JUNGER, C. V.; RANGEL, M.; PEREZ, R. (Orgs.). Novas tecnologias em sala de aula: (re) construindo conceitos e práticas. São Carlos: Claraluz editora,2009, p.71.
COSCARELLI, C. V. (Org.). Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. Belo Horizonte: Autêntica, 2003, p. 47, 62.
MENEZES, L. C. de. Ensinar com ajuda da tecnologia, Nova Escola, Setembro 2010, Editora Abril, p. 122.
FURLAN, S. Entrevista sobre Educação Ambiental nas escolas. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/meio-ambiente/ (Consulta: 14 de Dezembro de 2010).
MORAES, L. A.; LOPES, K. M. V.; MIRANDA, C. B.; SOUSA, S. M. Gestão e tecnologia – O avanço do novo milênio, Gestão em Rede, Outubro 2006, FNDE, p. 18-20.
ARAÚJO, J. C.; DIEB, M. ( Orgs.). Letramentos na Web: Gêneros, Interação e Ensino. Fortaleza: Edições UFC, 2009, p. 100.